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O texto do Acordo Ortográfico, ainda polêmico para alguns especialistas, não esclarece alguns pontos, principalmente em relação ao emprego do hífen. Não aborda, por exemplo, a grafia de palavras derivadas por meio do prefixo "-re", deixando, assim, margem para interpretações subjetivas.
As divergências figuraram em alguns dicionários. Observamos uma verdadeira "Torre de Babel" em recentes minidicionários lançados às pressas no mercado brasileiro. Nas publicações Houaiss (Ed. Objetiva), Aurélio (Ed. Positivo) e Soares Amora (Ed. Saraiva), por exemplo, notamos algumas discrepâncias: entre outras, o substantivo pára-raios virou para-raios no Houaiss e pararraios no Aurélio e no Soares Amora. Neste último, palavras com o prefixo re- são registradas com hífen (re-editar, re-educar, re-eleição, re-embolsar etc.), no Aurélio e no Houaiss, tais palavras aparecem sem hífen.
[...]Segundo o gramático Evanildo Bechara, membro da comissão de língua portuguesa do Ministério da Educação, aquilo que está registrado na segunda edição do Dicionário Escolar da Língua Portuguesa será adotado pelo novo Volp (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) com cerca de 370.000 verbetes. Essa obra, conforme prometem, deverá estar à disposição dos usuários no início do próximo mês de abril.
NÍLSON TEIXEIRA DE ALMEIDA,
professor de português e autor de livros didáticos.
2 comentários:
Depois que vi a zona que fizeram com o hífen - naquela regra de "é separado, mas, se tiver uma idéia de unidade, é junto" - desisti de tentar me policiar todo o tempo!
eu, por via das dúvidas, escrevo tudo junto... inclusive os prefixos pre, pro, para, ex, etc...
ê vida amargurada! o ingreis é tão mais simpres...
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